O futuro ex-vereador “Dr” Cleber Fabiano (PSDB), usou a tribuna da Câmara Municipal, na sessão do dia 05 de outubro, para tentar rebater uma matéria publicada por este portal sobre o veto do prefeito Roberto Farias (MDB) a emenda aditiva nº 19/2020, que destinaria 3 milhões de reais para os servidores municipais.
O parlamentar, que é professor de Direito em uma faculdade na cidade, deu aula de desinformação ao afirmar que o atual governo não paga licenças prêmios e executou reenquadramentos (elevação de nível). Pois bem, a título de informação, a prefeitura de Barra do Garças, entre 2013 a 2020, pagou 1.516 licenças-prêmios e elevou o nível de 862 servidores. Será que o professor não sabe fazer contas? Ou como vereador, Cleber teria fechado os olhos para fiscalizar o Executivo?
"Dr" Cleber Fabiano, o mesmo que, depois de ter recebido durante três anos a bagatela de R$ 8 mil mensal e mais 4,8 mil reais de verba de gabinete, quis de forma populista, em fevereiro deste ano, (ano eleitoral), propor que a Câmara diminuísse o salário dos vereadores para 3 mil reais por mês e também a verba de gabinete, que diga-se de passagem não é fiscalizada, ou seja, o vereador não precisa prestar contas dos gastos a nós, os fracos contribuintes.
Se o futuro ex-vereador tivesse tido a coragem, a finura de apresentar o projeto que beneficiasse o servidor público no início de seu único mandato, a Câmara de Vereadores, em tese, teria economizado com suor do trabalho dos vereadores cerca de 5.6 milhões, levando em conta o conjecturado salário de 3 mil, mais a verba de gabinete de R$ 1.920,00. Detalhe: ele não o fez. Não era ano eleitoral.
Esse valor de 5.6 milhões seria suficiente para dar o reajuste aos servidores, que o futuro ex-vereador agora tenta ao lado de Zé Gota, Julio Cesar, professor Alex, Gustavo Nolasco e Sivirino, fazer bonito com o chapéu dos outros.
Que os servidores públicos estão sem a correção salarial isso é fato e mesmo que o prefeito quisesse dar o aumento não poderia, já que devido a pandemia do Covid-19, a situação financeira do município complicou ainda mais. O presidente Jair Bolsonaro condicionou ajuda financeira aos municípios desde que não contraíssem dívidas.
De forma política e eleitoreira, os vereadores queriam tirar 3 milhões da limpeza urbana, que pode inclusive comprometer a coleta de lixo, para agradar o servidor público que está ‘bicudo’ com o prefeito.
Ao se defender, Cleber não teve a coragem de citar o nome do Semana7, e referiu a este site como ‘pasquim’. Nos sentimos lisonjeados, pois pasquim, embora extrovertido, foi um periódico reconhecido pelo diálogo entre o cenário da contracultura da década de 1960 e por seu papel de oposição ao regime militar.
Portanto, Cleber Fabiano, se informe melhor e ao se referir ao Pasquim, curva-se diante de uma imprensa séria e que teve um papel fundamental na redemocratização do país que permitiu que o senhor chegasse onde chegou e ocupasse um cargo pelo voto popular, algo que não acontecia naquela época.