LISLAINE DOS ANJOS
Midia News
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), voltou a se posicionar contrário ao projeto de lei que prevê o fim das votações secretas em plenário.
De autoria do deputado Wilson Santos (PSDB), o projeto tem dividido opiniões no Legislativo. Alguns parlamentares, como Botelho e o líder do Governo, deputado Dilmar Dal Bosco (DEM), já se manifestaram contrários à matéria.
“O projeto vai tramitar, mas eu sou contra, porque eu acho que é o momento que o deputado vota livre de pressão de Governo, dos sistemas do capital-econômico, dos sistemas organizados. Porque o voto é secreto e ele vota ali com a sua consciência”, defendeu Botelho.
Botelho ressaltou ser “escravo da maioria” e afirmou que, se a maioria do Parlamento decidir por mudar a Constituição, irá acatar.
No entanto, ele ressaltou que vê prejuízo aos deputados – principalmente aqueles da oposição – que podem ter mais dificuldade para derrubar vetos do Governo, por exemplo.
“Ele tira a condição de voto secreto nesses projetos que são bem polêmicos, como derrubada de veto, contas de governo e eleição. Eu sou favorável que se mantenha secreto”, afirmou.
“Esse veto não foi derrubado, mas vários já foram”, completou, em referência ao Projeto de Lei Complementar (PLC) 36/2020, que ampliava a faixa de isenção da alíquota previdenciária dos servidores inativos do Executivo Estadual, cujo veto foi mantido pelos parlamentares na semana passada.
Autor do PLC 36, o deputado de oposição Lúdio Cabral (PT) chegou a pedir auditoria do sistema de votação da Assembleia, alegando possível fraude na quantidade de votos favoráveis à manutenção do projeto.