Petistas associam chacina em Sinop à influência de Bolsonaro; Cattani rebate

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RD News

Opresidente do Partido dos Trabalhadores em Mato Grosso (PT-MT), deputado estadual Valdir Barranco, e a vereadora por Cuiabá Edna Sampaio (PT), relacionaram a chacina praticada por dois homens em Sinop (a 479 km de Cuiabá), nessa última terça-feira (21), a uma influência direta do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em razão do discurso armamentista defendido por ele e seus apoiadores nos últimos 4 anos.

A chacina ocorreu após os dois homens, identificados como Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, e Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos, perderem R$ 4 mil em várias partidas de sinuca. Revoltados, saíram do local e retornaram armados. A dupla executou setes pessoas a sangue frio, entre elas, uma menina de 12 anos.

Para Barranco, o aumento de homícidios no estado este ano tem influência direta do ex-presidente Bolsonaro, que insuflou o "direito" da população se armar. Para ele, os ditos “cidadãos de bem e defensores da família” seguem ceifando vidas pelo país. "O aumento vertiginoso dos casos de homicídios em Mato Grosso, nesse começo de ano, está diretamente associado ao papel criminoso da política armamentista do ex-presidente", frisou.

Já Edna Sampaio argumentou que o "bolsonarismo mata" e que os políticos que surfam na onda extremista também são responsáveis. A vereadora ainda defendeu maior responsabilidade dos parlamentares. "Arma mata! Bolsonarismo mata! Políticos oportunistas que surfam, discreta ou ostensivamente, na onda dessa insanidade mortífera, também matam!", disse a petista.

As críticas feitas pelos petistas é em razão do Governo Bolsonaro ter baixado decretos que facilitam o acesso a armas. As medidas, no entanto, foram restringidas por meio de decreto logo após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que retornou ao cargo em janeiro deste ano.

Cattani rebate

Deputado estadual bolsonarista, Gilberto Cattani (PL) se solidarizou com as famílias e lamentou o fato do país não ter pena de morte para os assassinos, mas criticou a impresa e rebateu os parlamentares de esquerda. O parlamentar defendeu a desvinculação das políticas armamentistas propagadas por Bolsonaro do crime em Sinop, afirmando que cada um responde por seus atos.

Pedindo pena máxima aos suspeitos, Cattani ainda saiu em defesa dos Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs), já que um dos criminosos teria registro em um clube de tiro no Nortão. Curiosamente, em uma foto nas redes sociais, o suspeito que teria ligação com clube de tiro usava um boné com os dizeres "Bolsonaro 2022", e a veiculação da imagem foi criticada pelo deputado.

"O que é certo, é certo. Não adianta vocês pegarem uma imagem de uma pessoa e ligar ela ao bolsonarismo e aos CACs, porque em sua maioria, senão na sua totalidade, os CACs são pessoas honestas e direitas", argumentou.

Segundo Cattani, a imprensa tenta vincular o ex-presidente e prejudicar sua imagem. Ele ainda comparou a ampla divulgação da chacina com uma tentativa de roubo na semana passado. Na ocasião, um homem utilizando uma camiseta vermelha, com a cara do Lula, tenta assaltar um funcionário da RIT TV, do pastor R. R. Soares, em São Paulo. Segundo o deputado, o caso não teve tanta "repercussão".

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