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Entidades sindicais, movimentos sociais e sociedade civil foram às ruas neste sábado (29), da Capital, para protestar contra o governo do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido).
De acordo com a organização do evento, cerca de 300 veículos seguiram em carreata, que foi a primeira manifestação do dia, encerrando por volta das 13h, no bairro Pedra 90. A concentração ocorreu às 9h, em frente a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Durante o trajeto, os manifestas gritaram palavras de ordem, como "Fora Bolsonaro" e "Fora Genocida", pediram o impeachment do presidente, a vacinação em massa contra o coronavírus e a continuidade do auxílio emergencial.
Para o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) de Mato Grosso, Henrique Lopes a manifestação expressa o repúdio ao governo que considera genocida e negacionista.
"Temos visto a negligência de Bolsonaro ao negar a continuidade do auxílio emergencial de R$600 à população que padece com os efeitos da pandemia. Os alimentos sofrem os impactos da inflação e os trabalhadores estão expostos à contaminação a cada dia que se passa sem que tenhamos vacina. Nem mesmo um sistema de testagem em massa foi feito. Se tivéssemos um presidente que acredita na ciência, que olha para os mais pobres, com certeza o cenário seria outro", pontua.
Essa é a primeira vez que grupos como entidades sindicais e movimentos sociais convocam manifestações de rua contra Bolsonaro durante a pandemia. O protesto de hoje integra uma ação em outras 85 cidades brasileiras, incluindo 25 capitais.
A pauta dos atos inclui diversas demandas, como o impeachment de Bolsonaro, a volta do auxílio emergencial de R$ 600, a ampliação das vacinas disponíveis, o fim da violência contra a população negra e a suspensão de cortes de verbas na Educação, das privatizações e da reforma administrativa que tramita no Congresso Nacional.
As manifestações ocorrem no momento de maior fragilidade política de Bolsonaro, amplamente criticado por sua condução da pandemia e pela deterioração da economia brasileira. Segundo a mais recente pesquisa do instituto Datafolha, de 11 e 12 de maio, a aprovação do presidente da República atingiu o patamar mais baixo de seu mandato.
Ao todo, 24% da população considera o governo ótimo ou bom, uma queda de seis pontos percentuais em relação a março. Além disso, Bolsonaro aparece atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas intenções de voto para a eleição presidencial em 2022. O petista tem 41% no primeiro turno, e Bolsonaro, com 23%, segundo o Datafolha.
Protesto à tarde
Agora pela tarde deste sábado, às 15h, manifestantes de Cuiabá se reúnem em novo protesto na Praça Alencastro, em frente a sede da Prefeitura. Além da Capital, Rondonópolis, Cáceres, Juína, Tangará da Serra e Sinop também terão manifestações contra o presidente.