Vinícius Bruno
RD News
Mato Grosso encerrou 2018 com 265 mil carteiras de consórcio. A quantidade representa 3,7% das 7,1 milhões carteiras que existem no país.
Com este volume o Estado está em 10º lugar no ranking de consórcios no Brasil, onde este formato de investimento movimentou R$ 49,4 bilhões no ano passando seja com veículos, casas, móveis entre outras modalidades, sendo R$ 1,8 bilhão só no Estado. Os dados são do Panorama do Sistema de Consórcios do Banco Central.
Entre 2017 e 2018, o número de carteiras de consórcio aumentou em 7,1 mil unidades no Estado, passando de 258 mil para 265 mil, um tímido aumento de 2,7%, abaixo do crescimento do país que foi de 3,6% entre um ano e outro.
O economista e consultor financeiro Edsantos Amorim avalia que o consórcio é uma forma de investimento que requer algumas observações antes de contratá-lo. “A primeira delas é que se trata de um inventivos de longo prazo, cuja vantagem em relação ao financiamento é uma menor taxa de juros. Mas o cliente que quiser fazer este tipo de investimento deve estar disposto a ir até ao final, para que não tenha perdas”.
O especialista explica que o ideal é que o investidor designe entre 10% e 20% da renda para manter o consórcio e ter consciência de que o valor deverá ser aplicado em um longo período de tempo, o que requer análise criteriosa se será possível manter o pagamento daquele valor por 10 anos, em média, sem o risco de falhar em razão de eventual instabilidade financeira, demissão ou outros fatores.
“Até é possível vender uma carta de crédito, mas a depreciação que tem ocorrido no mercado costuma variar entre 30% e 40%. Quem compra não se interessa pelo quanto já foi investido, apenas faz a oferta e tentar negociar o melhor preço. Por isso, investir em carta de crédito para revendê-la não é uma boa opção”, detalha Edsantos.