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POLÍCIA Quarta-feira, 22 de Março de 2023, 14:38 - A | A

22 de Março de 2023, 14h:38 - A | A

POLÍCIA / Avaliação psicológica

Delegado de MT que invadiu casa de mulher é autorizado a usar arma de fogo novamente

Bruno França Ferreira chegou a ser afastado das atividades no ano passado, mas, em janeiro deste ano, ele voltou a exercer o cargo – em funções administrativas

g1-MT



O delegado Bruno França Ferreira, investigado por invadir a casa de uma mulher em um condomínio de luxo de Cuiabá, em dezembro de 2022, está autorizado a usar arma de fogo novamente. Ele passou por avaliação psicológica no dia 1° de março e o laudo feito por uma psicóloga credenciada na Polícia Federal concluiu que o delegado tem condições para manuseio de arma.

A reportagem tenta contato com a defesa do delegado.

Bruno França chegou a ser afastado das atividades no ano passado. Já em janeiro deste ano ele voltou a exercer o cargo – em funções administrativas.

Nesta semana, uma testemunha da autoridade sindicante, que atualmente está morando em outro país, foi ouvida por videoconferência, sendo a oitiva acompanhada pela defesa do delegado.

A liberação foi realizada nos autos da sindicância, mediante pedido fundamentado da defesa, baseado na própria instrução dos procedimentos disciplinar e policial. A lei não determina que o recolhimento da carteira ou arma seja eterno e não haviam mais motivos que justificassem o afastamento do delegado.

Por cautela, ele foi submetido a exame psicológico que demonstrou estar plenamente em condições de exercer suas funções de delegado e, inclusive, portar arma, já que o objeto é instrumento de trabalho do policial.

Relembre o caso

Na noite de segunda-feira (28), o delegado de Polícia Civil Bruno França Ferreira invadiu uma casa no condomínio Florais dos Lagos, alegando que estava cumprindo uma prisão em flagrante por descumprimento de medida protetiva que seu enteado teria contra a dona da casa.

O caso em questão corre na Justiça, após o enteado do delegado e o filho da moradora terem brigado quando a família ainda morava no Alphaville I. A fim de evitar mais problemas, a mulher teria se mudado para o Florais dos Lagos.

Porém, na segunda, o adolescente teria ido até o atual condomínio da mulher para jogar bola com amigos, e eles acabaram se encontrando. O menino então teria ligado para o padrasto, que foi até o local abordar as vítimas.

Armado, o policial arrombou a porta da residência, e totalmente descontrolado, adentrou o imóvel com apoio de três agentes do Grupo de Operações Especiais (GOE), e o tempo todo gritava e ameçava a família. No momento do ocorrido, estavam a dona da casa, seu marido e a filha pequena do casal.

Durante minutos de terror, em que a criança chorava desesperadoramente, o policial xingava e gritava: "Manda ela sair daí, senão vou disparar na cabeça dela”.

“Da próxima vez que ela chegar perto do meu filho, eu vou estourar a cabeça dela. Eu vou explodir a cabeça dessa filha da puta”.

A mulher foi conduzida à delegacia, e presa em flagrante. O advogado Rodrigo Pouso diz que a ação foi ilegal, e que a cliente não foi notificada da medida protetiva.

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