Da Redação
O ex-deputado Adalto de Freitas (Daltinho), em entrevista ao Semana7 na tarde de ontem (9), fez duras críticas ao também ex-deputado federal Victório Galli. O motivo da discórdia política seria a “rasteira”, conforme sua análise, de seu agora desafeto político na composição da nova diretoria do partido Patriota no estado.
As declarações de Daltinho se referem a forma de como Galli quer conduzir o Patriota, após sua saída do PSL de Bolsonaro. Quarto suplente pelo partido, Daltinho havia cedido vaga de presidente a Galli e se tornou vice na sigla, embora alegue que havia um acordo para continuar a formação provisória do partido até sua efetivação. O ex-federal não teria cumprido o acordo.
Ao formar a nova composição partidária, Galli não incluiu nomes que ajudaram na formação do Patriota em Mato Grosso, como do próprio Daltinho e Raimundo Parrião, até então secretário-executivo do Estadual. O fato foi comunicado pela direção nacional, segundo Daltinho. Na tarde de ontem, em reunião com Galli, decidiram por deixar a sigla.
inadmissível uma pessoa que quer disputar a prefeitura da capital não cumprir acordos partidários
Daltinho diz ser “inadmissível uma pessoa que quer disputar a prefeitura da capital não cumprir acordos partidários", embora não acredite na eventual vitória de Galli.
À reportagem, o suplente Daltinho disse que Galli ao assumir a presidência do partido, “queria avião, camionete para se movimentar. Naquele momento deixei claro que ele era o presidente, e não eu. Ele é um chupim (por extensão, diz-se da pessoa inoperante, que vive sem fazer força, vivendo das sobras dos outros ou se aproveitando do esforço alheio), e vai querer me extorquir”. Daltinho relata ainda que até o escritório em Cuiabá é bancado por ele. “Vou ver a questão jurídica sobre a suplência para em seguida deixar o partido definitivamente”, concluiu.
Parrião disse que Galli esteve em Barra do Garças e que, antes de manter contato com membros do partido se reuniu com o prefeito Beto Farias para fazer “negociatas políticas”. “Hoje nós atuamos para compor um bloco de oposição ao grupo de prefeito e ele vem aqui tentar desfazer o que estamos construindo. Não compactuamos com esse seu método de fazer política e por isso vamos sair”, disse Parrião.
A reportagem tentou contato com o ex-deputado Galli por telefone e por whatsApp, mas sem êxito.