Assessoria de Gabiente
Brasília DF
O rompimento de barragem de lavra de ouro, ocorrido na última terça-feira, 1º, no município de Nossa Senhora do Livramento, em Mato Grosso, levou o senador Wellington Fagundes (PL-MT) a cobrar da direção da Agência Nacional de Mineração, maior controle e fiscalização sobre outros empreendimentos semelhantes no Estado. Ele esteve na ANM na última quarta-feira 02, durante posse do superintendente da Agência em Mato Grosso, Roberto Vargas.
Em plenário nesta quinta-feira, 03, Wellington Fagundes lembrou que durante a CPI de Brumadinho, da qual foi membro, se tratou da questão das barragens no Brasil. “Podemos constatar que, nas barragens hidrelétricas, a própria barragem é o maior ativo das obras de hidrelétricas, enquanto que as barragens de rejeitos minerais, quando se explora o mineral e exaure-se ali aquela riqueza, depois ficam abandonadas” – ressaltou.
Fagundes informou que pediu ao novo superintendente da ANM no Estado, não só analisar com muito critério essa questão do rompimento da barragem, mas também analisar todas as questões das barragens de Mato Grosso. Para o senador mato-grossense, o fato em Nossa Senhora do Livramento - mesmo sem vítimas – representa “mais um alerta, porque isso tem causado uma preocupação muito grande em muitas regiões do País”.
Mato Grosso tem, atualmente, 130 barragens de mineração. Dessas, 67 são cadastradas e foram vistoriadas no ano passado.
Wellington destacou ainda que é fundamental o desenvolvimento da mineração em Mato Grosso, cujo potencial explorado não chega a 1% da capacidade. Mato Grosso tem alto potencial para a exploração de minério. Nos próximos dois anos, por exemplo, está prevista a implantação, em Aripuanã, a 976 km de Cuiabá, uma mina de exploração de cobre, chumbo e zinco, associados a ouro e prata.
A agricultura depende muito da mineração, como o calcário e outras áreas, mas nós queremos também a garantia de que isso venha a trazer riqueza, desenvolvimento, geração de emprego, mas, principalmente, equilíbrio do nosso ecossistema
“A agricultura depende muito da mineração, como o calcário e outras áreas, mas nós queremos também a garantia de que isso venha a trazer riqueza, desenvolvimento, geração de emprego, mas, principalmente, equilíbrio do nosso ecossistema” – frisou. No entanto, que essa exploração seja feita de forma racional, sustentada e com segurança.
DIA MUNDIAL DOS ANIMAIS – Ainda em plenário, o senador Wellington Fagundes aproveitou para saudar as comemorações do Dia Mundial do Animal, que ocorre neste 4 de outubro. Ele destacou que ao longo dos anos, nesta data, são organizados, em todo o mundo, eventos especiais em que são plantadas bases da consciência, especialmente envolvendo crianças, de forma a fazer brotar, em cada ser humano, a essência do amor aos animais e da importância de sua proteção.
Membro da Academia Brasileira de Medicina Veterinária, Fagundes fez questão de destacar o trabalho político e parlamentar pela ampliação da rede de proteção e defesa dos animais. Citou como exemplo o projeto de lei, de sua autoria, que normatiza a proteção de animais em situações de desastres, com base na experiência ocorrida na tragédia de Brumadinho. “A causa dos animais é a causa da medicina veterinária” - frisou.