Folha Max
O governador Mauro Mendes (DEM) alertou que Mato Grosso pode passar pelo mesmo caos que se instalou no Amazonas, que atualmente enfrenta um dos piores colapsos no sistema de saúde com a indisponibilidade de leitos Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e até falta de oxigênio para atender pacientes em estado grave da Covid-19. Em entrevista a imprensa, o chefe do Executivo demonstrou preocupação com a segunda onda da pandemia e casos de infecção com nova variante do vírus no Estado, que se demonstra muito mais contagiosa.
“As pessoas precisam acreditar nisso porque houve um relaxamento no início do ano e o que aconteceu foi a explosão de casos que pode levar ao descontrole da doença no Brasil. Existem muitas capitais brasileiras, que já estão batendo o limite de 100% da UTI. O que aconteceu em Manaus já está acontecendo, sem a mesma repercussão, em muitas cidades do Brasil e pode acontecer, inclusive, em Mato Grosso”, pontuou.
A fala ocorreu após apresentação da mensagem do Executivo, na manhã desta terça-feira (2) na Assembleia Legislativa. No mesmo dia, Mendes anunciou que a primeira-dama Virginia Mendes, foi infectada pela covid-19 pela segunda vez. A filha caçula do casal, Maria Luíza, e a funcionária Maria Vitória também testaram positivo para a doença.
Nesse contexto, o chefe do Executivo destacou que os casos de reinfecção tem sido cada vez mais frequentes. Em Rondonópolis (216 km de Cuiabá), dois casos estão sendo investigados como suspeitos de infecção pela nova variante do coronavírus, procedente de Manaus (AM).
“Milhares de pessoas estão se reinfectando, então não adianta as pessoas acharem que já pegou e que estão imunes. A vacina já é uma realidade, mas ela ainda está longe de ter uma disponibilidade a altura de frear a pandemia. Paralelamente todos acompanham pela mídia que essa nova cepa e variantes da covid pode trazer transtorno inimagináveis a muito de nós”, complementou.
Mendes também comentou sobre o decreto do governo estadual, que cancelou o ponto facultativo de Carnaval, previsto para os dias 15, 16 e até às 14h do dia 17 de fevereiro, como forma de reduzir o avanço da Covid-19.
De acordo com o governador, a medida leva em conta a taxa de ocupação de leitos de UTIs no âmbito estadual, que supera a faixa de 73%, e o número crescente de casos confirmados de infecção pelo coronavírus, que já chega a mais de 217 mil.
“O governo vai fazer o seu papel. Eu espero que os prefeitos e os cidadãos colaborem com isso. Agora, se o cidadão não quiser se prevenir, depois não venha reclamar que não tem UTI por aí”, finalizou.