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GERAL & ECONOMIA Quinta-feira, 27 de Maio de 2021, 14:58 - A | A

27 de Maio de 2021, 14h:58 - A | A

GERAL & ECONOMIA / DESINFORMAÇÃO

Boatos sobre imunizante ameaçam vacinação contra a Covid-19 em Barra do Garças

Diretora da Vigilância Epidemiológica e Imunização, Auxiliadora Dantas, falou sobre a segurança das vacinas e esclareceu boatos.

Andrezza Dias
Da Redação



Boatos e uma onda de desinformação sobre as vacinas contra a Covid-19 têm feito a população barra-garcense recuar em relação a imunização que acontece no município. A informação foi repassada pela diretora da Vigilância Epidemiológica e Imunização, Auxiliadora Dantas (Dora), durante entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (27).

Segunda ela, as pessoas estão com receio em relação ao imunizante da Universidade de Oxford/AstraZeneca, produzido no Brasil em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que tem sido oferecido no momento. A justificativa se deve as informações divulgadas sobre possíveis efeitos adversos da vacina em questão.

“Essa vacina não é livre de efeitos adversos, aliás, nenhuma é desprovida de efeito adverso. O que nós vemos é o benefício de a pessoa não contrair a forma grave da Covid-19 a um evento adverso leve. Ou seja, um mal-estar, uma pequena febre pós vacina e isso é esperado de qualquer imunizante, independente se é AstraZeneca, CoronaVac ou Pfizer”, disse Dora.

Dora explicou que as três vacinas liberadas no país, CoronaVac (Butantan/Sinovac), AstraZeneca (Fiocruz) e Pfizer não oferecem 100% de eficácia. “O propósito das vacinas é evitar as formas graves da doença. Nós temos referencial disso com a vacina da tuberculose que também não evita a doença 100%, ela evita as formas graves”, afirmou.

Questionada sobre um possível registro de caso com a variante indiana do coronavírus (SARS-CoV-2), a diretora negou os boatos e esclareceu que recentemente foi divulgado um estudo pelo Laboratório Central de Mato Grosso (Lacen-MT) que se refere a identificação da variante P1 em um paciente de Barra do Garças, ainda no mês de fevereiro.

Dora destacou que a nova variante proveniente da Índia já está em circulação no país, mas não há confirmação em Barra do Garças. Em Rondonópolis, há indícios de um paciente que veio de viagem do estado Pará e teria sido contaminado com a cepa indiana.

O médico e diretor técnico da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Barra do Garças, Rafael Joviano, também ressaltou a importância da vacinação contra a doença e afirmou que não se deve ter preferência por determinado imunizante. “Vacina boa é a vacina que tem! É preciso parar de ficar ouvindo boatos de internet e procurar realmente de um profissional da saúde o que funciona e o que não funciona”, finalizou.



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