RD News| Douglas Santos e Allan Pereira
O prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) afirmou, na manhã desta segunda (08), que os hospitais públicos da Capital vão continuar recebendo pacientes com Covid-19 de outros municípios do Estado. Além disso, o gestor disse ainda que não vê necessidade de abertura de novos leitos de UTI no momento. As declarações foram dadas durante solenidade de posse na manhã de hoje ao novo secretário adjunto da Pessoa com Deficiência, Rubens Dias da Silva.
Na ocasião, Emanuel foi interrogado pela imprensa se Cuiabá iria continuar com as portas abertas para receber pacientes de outras cidades. No entanto, o prefeito afirmou que sim, justificando que o momento atual deve ser de apoio, uma vez que todos os estados também foram amparados pelo Governo Federal no início da pandemia.
“Vai. Agora o que precisamos é ter apoio. A ajuda necessária aí que estamos articulando. Um leito de UTI custa R$ 2 mil por dia. Não é fácil. O Governo Federal, no ano passado, segurou a onda e apoiou todos os estados e municípios brasileiro. Agora esse ano não teve isso”, declarou Pinheiro.
Por outro lado, Emanuel Pinheiro destacou que no momento não há necessidade de abertura de novos leitos de UTIs na Capital, mesmo recebendo pacientes de outros lugares. “Não há necessidade. Por enquanto, pelo menos não há”, afirmou o gestor municipal.
O prefeito de Cuiabá afirmou que a Capital de Mato Grosso está conseguindo se manter de pé sozinha, quando se trata da 2ª onda do novo coronavírus no país. Emanuel disse que Cuiabá é mãe de todos os municípios mato-grossenses e espera alinhar apoio com os governos Estadual e Federal.
“Cuiabá está segurando a onda sozinha. Não desmobilizamos nada desde 20 de março do ano passado e, quando entregamos todas as UTIs, continuam atendendo a população cuiabana e do estado inteiro. Cuiabá é a mãe de todos os municípios. A gente só espera alinhar o apoio maior com o Governo do Estado e ver se o Governo Federal destrava esse financiamento, especialmente para aquilo que não é responsabilidade do município, que é alto custo que são leitos de UTI”, concluiu.
Alta na taxa de ocupação em UTIs
Conforme dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) do início do mês, Mato Grosso registrou alta na taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) públicas. Segundo o governo do Estado, o aumento foi devido ao bloqueio de 18 leitos nos hospitais referenciados para o tratamento da Covid-19 em Cuiabá, quando foram bloqueados pela Secretaria Municipal de Saúde da Capital e não estavam disponíveis para regulação até então.
O Ministério Público do Estado (MPE) chegou a exigir explicações do município de Cuiabá a fim de informar o motivo e até quando será mantido o bloqueio para regulação dos leitos de UTI para tratamento da Covid-19.
Segundo o último boletim epidemiológico da SES-MT deste domingo (07), Mato Grosso atingiu a marca de 225.458 pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Desses, 5.308 não resistiram às complicações da doença. Ainda conforme os dados da secretaria, a taxa de ocupação está em 76,76% para UTIs adultos e em 33% para enfermarias.