Da Redação
Um grupo de mulheres Xavante retiraram a força a coordenadora do Dsei (Distrito Sanitário Especial Indígena), da sede do órgão, em protesto por melhorias na saúde indígena, em Barra do Garças. Ornamentadas para a guerra, as indígenas invadiram as dependências do Dsei e devem caminhar até o Ministério Público Federal ainda nesta manhã.
“A senhora vá pra casa e não volte. Se voltar, voltamos aqui”, disse uma das lideranças da terra indígena de São Marcos. Nesta manhã, as mulheres desceram a avenida Ministro João Alberto, com faixas e gritos de guerra, reclamando da taxa de mortalidade entre os Xavante e pedindo melhorias na saúde, dentro das aldeias.
“O nosso atendimento a saúde está escasso. E a nossa coordenadora aqui de Barra do Garças, que assumiu pouco tempo, ela não está na sede, ela não está atendendo os indígenas e também não tem o tratamento com igualdade, não atende com igualdade de gênero”, afirma a articuladora do movimento das mulheres indígenas, Izabel Reamo Wadzatse.
As indígenas reclamam de mal atendimento nas aldeias, nos hospitais, de preconceitos com as mulheres nas unidades de saúde do município e dos índices de mortalidade. “Estamos protestando para que as entidades vê o clamor do povo, o clamor das mulheres. Porque é na pele da mulher que está existindo a dor cotidiana (sic).”
Na sede do Dsei, algumas mulheres buscaram a coordenadora do Dsei, Luciene Cândida Gomes, e a levaram, a força, para a rua, onde o movimento estava reunido. Lá, as indígenas disseram para que a servidora fosse para casa e não retornasse mais. Luciene ainda tentou voltar a sua sala na unidade, mas foi impedida.
“Todas as demandas que estão vindo das aldeias nós estamos atendendo. Tanto o Dsei, como a casa de apoio que é a Casai. Sempre que tem a demanda, nós não estamos deixando ninguém sem ser atendido. Tudo que a gente faz é com o conhecimento do Condisi [Conselho Distrital de Saúde Indígena]”, disse ao Semana7 a coordenadora.
Segundo Luciene, que assumiu o posto no órgão há 3 meses, a administração está integralmente dedicada à questão da saúde. “Antes a administração aqui estava 90% voltada para a logística, o que não é certo. Nós estamos buscando resgatar a dignidade da saúde da população indígena.”
"A gente entende e compreende a revolta de vocês, porém só tem três meses que estamos aqui e nós estamos fazendo de tudo para atender as demandas. Estamos avançando cada dia mais para atender a demanda de vocês que é a saúde básica", disse para as indígenas. "A gente está fazendo o possível e o impossível. Nós pegamos um órgão basicamente sucateado e o prazo está bem pouco para fazermos a reviravolta."
As índígenas acompanharam a coordenadora até a sede do Ministério Público Federal, em Barra do Garças. Mais informações, a qualquer momento.
lucio flavio kothe 26/10/2019
Postei vários comentário, não postaram nada, se não pudermos dar nossa opinião, melhor não darem noticias pois até agora o Araguaia Noticias nada publicou, esta pessoa deve ser muito importante na região por não postarem comentários, esta pessoa é médica para coordenar a saúde dos índios? pois se caso não for , não tem que estar se metendo nestas coisas, deve ser cargo de político só pode ser, deveriam estas pessoas passarem por uma sabatina pelo menos por vereadores, para ver se tem condições para o cargo. Gaúcho da Gabriel Ferreira.
lucio flavio kothe 26/10/2019
O que eu gostaria de saber, esta pessoa foi indicada por capacidade, ou por algum dep. ou senador? estas pessoas pra ficar mamando nas Tetas do governo deveriam ser sabatinadas no mínimo pelos dep estaduais para ver a capacidade dos mesmos, não conheço esta pessoa, mas o mínimo que a mesma deveria fazer era entregar o cargo, e mudar de cidade, por passar por um constrangimento destes, nós brancos não aceitaríamos ser coordenados por índios, aceitaríamos? outra pergunta esta pessoa é médica?, se não for como quer administrar a saúde? Gaúcho da Gabriel Ferreira.
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