Thaiza Assunção
Mídia News
O ex-assessor da ex-primeira-dama do Estado Roseli Barbosa, Rodrigo de March, fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público Estadual (MPE).
Rodrigo de Marchi é réu em ação penal que o acusa de integrar uma organização criminosa que teria operado na Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas) e desviado R$ 2,8 milhões, entre 2011 e 2014, época em que Roseli comandava a Pasta.
Ele chegou a ser preso duas vezes em 2015 durante a Operação Arqueiro.
Conforme o Ministério Público, o acordo de colaboração premiada foi celebrado no dia 9 de dezembro de 2020 e encaminhado à 7ª Vara Criminal de Cuiabá para homologação. O teor da delação está sob sigilo.
Em despacho publicado nesta quarta-feira (27), a juíza Ana Cristina Mendes marcou uma oitiva virtual com o ex-assessor para decidir se homologa ou não a delação.
Na audiência, conforme a juíza, serão analisados alguns aspectos do termo de colaboração como regularidade e legalidade e adequação dos benefícios pactuados aos previstos em lei.
A denúncia
Conforme denúncia do MPE, era Roseli Barbosa quem comandava e “dava as cartas” no esquema que desviava recursos do Estado, por meio de convênios fraudulentos firmados com os institutos de fachada do empresário Paulo Lemes.
Ainda segundo a denúncia, Rodrigo de Marchi receberia 12% de boa parte dos valores desviados, supostamente embolsando pelo menos R$ 180 mil.
De acordo com MPE, ele também seria responsável por intermediar as negociações e entregar a parte de Roseli Barbosa diretamente à mesma, que exigiria 40% do dinheiro desviado.