Kayc Alves
Da redação
Três suspeitos foram presos e um ainda é procurado, na manhã desta quinta-feira (18), por furto a residências, na cidade de Barra do Garças. As prisões são resultado da operação Tesouro Maldito, deflagrada em Aragarças pela Delegacia Especial de Roubos e Furtos de Barra do Garças (Derf). A identificação dos criminosos foi facilitada, após os policiais apreenderem uma lista com nomes de suspeitos, dentro de um cofre enterrado, e materiais cobertos de impressões digitais.
Estima-se que a quadrilha tenha causado prejuízo em pelo menos R$ 360 mil às vítimas. Entre os objetos furtados, os mais comuns eram jóias e eletrodomésticos de alto valor, como televisões. Até talhares de prata estavam entre os materiais. Segundo a Derf, os criminosos tinham habilidade em arrombamento de fechaduras, através da quebra do cilindro, e optavam por residências de alto padrão.
“Eles conseguiam fazer o adentramento na casa e extraiam o que dava, sobretudo jóias, aquilo que tinha de mais valor”, explica o delegado Adjunto da Polícia Civil de Barra do Garças e coordenador da operação, Nelder Martins Pereira. Segundo ele, até o momento foram identificadas duas vítimas, das quais uma é do bairro Dermat e outra do setor Campinas.
A operação é fruto de dois inquéritos abertos em Barra do Garças. Por meio de denúncias, a polícia encontrou um cofre, que havia sido furtado, enterrado em um terreno. Dentro do objetivo, foram identificadas notas promissórias, cobertas por impressões digitais e uma lista com os nomes dos criminosos. Esse descuido facilitou a chegada dos policiais aos alvos.
As impressões digitais em notas promissórias, dentro do cofre, e uma lista com os próprios nomes, contendo a divisão dos produtos de crimes a esses indivíduos, facilitou a nossa análise na investigação e, sobretudo, a decisão do próprio juiz quando deferiu as preventivas
A operação recebeu apoio do grupo de investigadores da Polícia Militar de Barra do Garças, conhecido como P2, e da Polícia Civil de Aragarças. De acordo com o delegado Ricardo Galvão, dos seis mandados de busca e apreensão, houve alguns flagrantes de porte de munições pesadas, o que mostra que a quadrilha lidava com arma de fogo.
“[Os suspeitos] são pessoas que já são conhecidas pela Polícia Civil de Aragarças. Já tivemos a oportunidade de prendê-las por questão de furtos, de tráfico de drogas. São pessoas dadas a atividade criminosa.”
As seis buscas e apreensões também revelam a possibilidade de ligação dos suspeitos com o tráfico. Em duas residências alvos da operação foram encontradas porções pequenas de cocaína e pasta base. Os suspeitos alegam serem apenas usuários.
Segundo a Derf, um suspeito ainda segue foragido. A polícia também busca levantar outras possíveis vítimas e afirma que, até o momento, 80% dos objetivos extraídos já foram recuperados.
A polícia não confirma a possibilidade de que os suspeitos sejam envolvidos em facções criminosas no município. Após a deflagração da operação Agenda Nacional 1, também coordenada pelo delegado Nelder, que prendeu mais de 30 pessoas há quase 10 dias, ficou evidente a atuação de organizações do crime, sobretudo, nas cadeias públicas.