Ronan de Sá
Da Redação
O projeto que trata do aumento da alíquota previdenciária dos servidores públicos municipais de Barra de Garças (BarraPrevi), de 11 a 14% que seria votado hoje (11), foi retirado de pauta e deverá ser votada na próxima sessão.
Será a primeira prova de fogo que a atual legislatura irá enfrentar diante dos servidores que estão há oito anos sem reajuste salarial. A medida que faz parta do pacote de reforma da Presidência da República, deve impactar diretamente o poder de compra do servidor que deixará de contar com 3% de seu vencimento.
O Projeto de Bolsonaro, pede que estados e municípios façam a adequação em suas alíquotas para sanarem déficit de receita. O governador Mauro Mendes sancionou a medida em fevereiro do ano passado, após aprovação pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Na época, o governo e os deputados sofreram duras críticas por parte de sindicatos e servidores.
O presidente da Câmara de Vereadores, Pedro Filho (PSD), disse ao portal Araguaia Notícias que “trata-se de um assunto polêmico, mas plenamente justificável”. Jairo Gehn (PRTB), ao Semana7, disse que projeto é constitucional que trata da reforma da previdência, “caiu em nossas mãos temos que votar e aprovar sob pena de não receber recursos federais e, ficar sem certidões, por exemplo”.
O vereador revelou ao portal que além do aumento da alíquota do servidor, o município também irá contribuir mais com o BarraPrevi, sairá de 10,8% para 19,5%, sendo um aumento de 8,7%. Jairo, explicou que o servidor que ganha 1 salário mínimo se aposentasse hoje, continuaria ganhando o mesmo salário mínimo, sem nenhuma alteração.
Vou lutar para que os servidores tenham um aumento real (RGA) no salário, que já espera a oito anos
O vereador Ronair Nunes (PSDB), disse o projeto chega numa hora muito ruim, mas é necessário aprovar para o município não perca verbas federais “Infelizmente neste momento vai doer o bolso do servidor, mas é imposto pelas reformas do governo federal, se nós (vereadores) não aprovarmos, o município fica numa situação complicada”, argumentou.