Cíntia Borges | MidiaNews
Foto: JLSIQUEIRA / ALMT
Presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Eduardo Botelho (União) fez duras críticas a legislação penal brasileira e pediu a bancada federal de Mato Grosso para articularem projetos de leis mais rígidos em relação a crimes contra a vida.
À Rádio CBN, Botelho ainda criticou pessoas que cometem crimes que são presas, mas acabam sendo soltas nas audiências de custódia na Justiça, devido às leis brandas do código penal.
“Precisamos mudar a nossa legislação. Não dá para colocarmos a polícia para fazer papel de enxugador de gelo. Ele [o PM] prende e vem a tal de audiência de custódia. Eu não entendo qual análise esses juízes fazem. Como um cara tem cinco passagens pela polícia e eles dizem: ‘o crime é de baixo impacto e vai ser solto’?”.
“Gente, ele tem cinco passagens. Como fica? Essa impunidade é um incentivo a criminalidade. Porque prende e solta. Nós temos que começar a manter essas pessoas presas. E os crimes de maior impacto, como é o caso de assassinatos, tem que ter uma pena maior”, completou.
Nos últimos dias, Mato Grosso tem ganhado os noticiários nacionais por conta de crimes bárbaros.
O de maior destaque foi a chacina em Sinop (distante a 500 km de Cuiabá), que ocorreu na terça-feira de Carnaval (21 de fevereiro), e resultou na morte de sete pessoas, incluindo uma menina de 12 anos.
Um dos autores da chacina, Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, se entregou a polícia dias após o crime e está preso. Seu comparsa Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos, foi morto por policiais militares do Bope (Batalhão de Operações Especiais) em um confronto.
Para Botelho, o crime cometido pela dupla é um dos casos em que “não há recuperação”.
“Esse cara que matou sete em Sinop tem recuperação? [...] Não tem recuperação. Ele matou pessoas com o maior desprezo pela vida. Ele não tem amor por nada”, disse.
“Ele matou um criança e ainda vem um advogado fazer uma defesa ridícula dizendo que 'ah, ele não atirou em uma criança, ele mirou em uma pessoa'. Criança não é pessoa? Eu não entendi. Essas situações tem que ser mudadas. Tem que mudar nosso código penal”, completou.
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