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O médico sanitarista e deputado estadual Lúdio Cabral (PT) fez um levantamento que demonstra que apenas 21,1% dos idosos e 50,5% dos trabalhadores de saúde receberam as duas doses contra a Covid-19.
Para ele, o levantamento demonstra que Mato Grosso ainda não tem uma cobertura vacinal que produza impacto significativo sobre o número de casos, internações e mortalidade.
O parlamentar defende que a vacinação seja feita nos Postos de Saúde para que haja agilidade.
“Não vemos efetividade da vacinação. Mato Grosso ainda está longe de alcançar uma cobertura vacinal que dê proteção à população", disse.
"Mesmo os grupos prioritários têm, até agora, uma cobertura baixa. A imunidade só é completa 14 dias depois da aplicação da 2ª dose. A vacinação está muito lenta nos grupos da fase 1, mesmo com vacinas disponíveis”, acrescentou.
No relatório, que considerou os dados disponibilizados até a quinta-feira (8), Lúdio disse detectou que a cobertura vacinal dos 89.073 idosos a partir de 75 anos é de 21,1%, pois apenas 18.819 receberam a 2ª dose.
Se todas as doses disponíveis tivessem sido aplicadas, esse público teria 79,1% de cobertura. Entre os 84.599 trabalhadores da saúde de Mato Grosso, 50,5% já receberam a 2ª dose. Mas essa cobertura vacinal poderia ser de 85% com as doses já disponíveis no estado.
Na avaliação do deputado, a explicação para essa lentidão está na demora da distribuição das vacinas, centralização de vacinação e burocracia para agendamento.
Lúdio defendeu que quanto mais descentralizar, melhor, pois o público-alvo vai aumentar nas próximas fases.
“Muitas pessoas que receberam a 1ª dose não estão recebendo a 2ª dose. Por isso é importante que a vacinação seja descentralizada e as vacinas sejam aplicadas no posto de saúde", afirmou.
"No posto é onde as equipes de saúde conhecem os moradores e podem fazer busca ativa para que as pessoas tomem a 1ª e a 2ª dose no tempo certo e sem burocracia. A imunização só está completa depois da 2ª dose”, completou.