CartaCapital
A Câmara Municipal de Maceió sancionou, na terça-feira 19, uma lei que obriga mulheres que forem realizar abortos legais na rede municipal, a terem encontros com equipes de saúde para serem advertidas dos riscos do procedimento.
A lei detalha que as equipes devem mostrar às mulheres e aos seus familiares o desenvolvimento de fetos semana a semana, com apoio de imagens; e ainda demonstrar por vídeos e imagens os métodos cirúrgicos utilizados para o procedimento abortivo, entre eles, a aspiração intrauterina, a curetagem uterina e o abortamento farmacológico.
O texto ainda exige que as equipes detalhem ‘todos os possíveis efeitos colaterais físicos e psíquicos decorrentes do abortamento’. A lista extensa inclui entre as consequências:
perfuração do útero, quando o aborto é realizado pelo método de aspiração;
ruptura do colo uterino;
histerectomia;
hemorragia uterina;
inflamação pélvica;
infertilidade;
gravidez ectópica;
parto futuro prematuro;
infecção por curetagem mal realizada;aborto incompleto;
comportamento autopunitivo;
transtorno alimentar;
embolia pulmonar;
insuficiência cardíaca;
sentimentos de remorso e culpa;
depressão e oscilações de ânimo e;
choro desmotivado, medos e pesadelo
Outra determinação é a de que as gestantes sejam informadas sobre a possibilidade de adoção pós parto, sendo apresentadas a programas de acolhimento para recém-nascidos.