Kayc Alves
Da redação
Está prevista para o início de outubro a primeira etapa da vacinação antirrábica a cães e gatos, em Barra do Garças. Nessa fase, o município vai vacinar apenas animais das comunidades rurais e dos distritos, conforme diretrizes da Secretaria de Estado de Saúde (SES). A segunda fase, que terá foco na zona urbana, deve ocorrer apenas no primeiro trimestre de 2020.
Nos anos anteriores, a SES enviava quantitativo de doses para atender tanto a comunidade rural quanto a urbana. Mas, de acordo com nota técnica do órgão, direcionada ao Escritório Regional de Saúde de Barra do Garças, em 2019, a prioridade será as comunidades afastadas do centro, aquelas com baixa cobertura vacinal ou que tiveram registros recentes de raiva animal.
“A secretária colocou primeiro a etapa rural porque houve mais casos de raiva bovina este ano, que é a mesma doença que ocorre em cães e gatos”, explica a coordenadora da Vigilância Ambiental do município, Maggie Elaine Lima da Fonseca.
Os distritos e as aldeias indígenas também devem entrar nesta fase. De acordo com a Vigilância Ambiental a campanha busca vacinar apenas animais domiciliados, ou seja, que tenham dono e domicílio.
Na zona urbana, os pets recebem a vacinação no primeiro trimestre do ano que vem. A meta da vigilância é de que 11 mil cães e 1.500 gatos sejam vacinados até o fim da campanha.
“A gente pede que a população não fique em alarde. Dependendo do laboratório, a vacina antirrábica pode ter uma duração de até 3 anos. O intervalo que teremos entre a última campanha e a segunda fase desta é de um período de um ano e seis meses. Portanto, o animal ainda está seguro”, afirma Maggie.
O vírus da raiva é letal a cães, pode ser transmitido a humanos e também pode prejudicar a produção pecuária. Na região do Médio Araguaia, nos últimos meses, houve casos de contaminação bovina nos municípios de Ribeirãozinho, Pontal do Araguaia e Água Boa.
“Quando o gado contrai a doença, o animal tem que ser abatido. Em caso de um foco da doença, o Indea faz um raio de 12 km de imunização”, explica o técnico da Vigilância Ambiental Antonio Santana.