POLÍTICA Terça-feira, 22 de Junho de 2021, 11:49 - A | A

22 de Junho de 2021, 11h:49 - A | A

POLÍTICA / transporte coletivo municipal

“É imoral uma coisa dessa”, diz vereador sobre auxílio à Garçastur aprovado pela Câmara

A proposta do Executivo Municipal dividiu opiniões entre os parlamentares durante a votação, com dez votos favoráveis e quatro contras.

Da Redação



Reprodução

 

A Câmara de Vereadores aprovou na noite desta segunda-feira (21) o projeto de lei que dispõe sobre a subvenção (auxílio) no valor de R$ 75 mil da prefeitura de Barra do Garças à empresa de transporte coletivo Garças Tur/Delta Express, que alega dificuldades financeiras na pandemia. A proposta do Executivo dividiu a opinião dos parlamentares durante a votação, com dez votos favoráveis e quatro contras.

De acordo com o projeto apresentado, as prefeituras de Barra do Garças e de Aragarças (GO) oferecerão o auxílio será dividido em três parcelas de R$ 25 mil sendo repassados à concessionária para despesas exclusivamente relacionadas à redução de passageiros durante pandemia como combustível, manutenção de veículos e funcionários.

Votaram a favor da subvenção os vereadores Ronair Nunes (PSDB), Carpegiane Gonzaga (PSB), Murilo Valoes (Republicanos), Zé Gota (PSDB), Guinha (PSD), Jairo Marques (Republicanos), Valdei Pebinha (MDB), Geralmino Neto (PSB), Secreta Bike (PSB), Florizan (PROS). Já os parlamentares Jaime Gehm (PRTB), Jaime Rodrigues (MDB), Paulo Bento (PL) e Zé Maria (DEM) votaram contra. Por presidir a sessão, o vereador Pedro Filho não participou da votação.

Existem muitas empresas em Barra do Garças que estão na mesma situação à beira da falência, muitas já até faliram. Isso é incoerente. É imoral uma coisa dessa

 

O vereador Paulo Bento (PL) reconheceu que a Garçastur teve prejuízos após analisar balanços dos últimos anos, mas que os danos não teriam a dimensão alegada. “Eu não vejo necessidade em tirar um recurso público que poderia ser usado na saúde, na educação e outros para aplicar em uma empresa privada”, explicou. “Existem muitas empresas em Barra do Garças que estão na mesma situação à beira da falência, muitas já até faliram. Isso é incoerente. É imoral uma coisa dessa”, finalizou Paulo Bento.

Os parlamentares contrários a aprovação ressaltaram ainda que diante do contrato de execução, os prejuízos alegados seriam fruto de má gestão por parte da empresa. “O contrato prevê que a concessionária deveria usar micro-ônibus que, segundo estimativas, fazem de oito a dez quilômetros por litro de diesel, no entanto, vem utilizando ônibus que fazem de três a cinco quilômetros por litro”, pontuou o vereador Jairo Gehm.

Já os vereadores favoráveis afirmaram que a ajuda do município tem a finalidade de evitar que a empresa interrompa os serviços e prejudique a população que reside nos bairros mais distantes.

Ronair Nunes disse que o legislativo deve levar em conta os prejuízos que a população de Barra do Garças pode sofrer com a interrupção dos serviços de transporte coletivo, sendo favorável a ajuda neste momento, mas cobrou que a readequação da empresa com maneiras alternativas como o uso de micro-ônibus.

“O que peço é que analisem a possibilidade desse recurso nos próximos 90 dias. Se formos exigir isso [readequação dos veículos] agora, a empresa não terá condições de hoje para amanhã colocar os micro-ônibus. A minha preocupação maior é com relação às pessoas carentes que precisam desse transporte”, disse Ronair. Segundo ele, o proprietário da empresa pode acabar mantendo o contrato, mas optar por suspender as linhas dos bairros mais distantes como ocorreu no início de junho.

O proprietário da concessionária, Paulo Augusto Souza, alega que o número de passageiros pagantes acabou reduzido durante a pandemia, além da concorrência com outros transportes alternativos.

Além da aprovação da ajuda financeira, a prefeitura deve avaliar ainda sobre o projeto que reajusta a tarifa do transporte coletivo de R$ 3,90 para R$ 4,00, após a Câmara Municipal não decidir sobre a proposta devido a uma alteração na lei orgânica do município que dispensa a necessidade de ser referendado pelos vereadores.



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Elimar Duarte 23/06/2021

É um verdadeiro absurdo isso. A impresa é privada, não carrega passageiros de graça. Quando eu fazia tratamento no CAPS precisei de ajuda para continuar indo, procurei a impresa, a ajuda que eles mim deram foi um baita de um *Não*. E agora recorre as prefeituras por ajuda!!! Eles tinham é que ter vergonha na cara. O os políticos também. No meu bairro tem dia que nem coletivo passa eu já vi passageiros Ter que subir para vila Maria para pegar o coletivo por que não passou por nosso bairro( Jardim do Ipê). Reduziu o horário em apenas 2 vezes, que é as 06:30 e 07:30 e tem dia que não passa. E agora vem com essa...

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